Saúde: nas nossas mãos

Saúde: nas nossas mãos
Acredito mesmo, do fundo do coração, que ser mais saudável está nas nossas mãos, na maioria dos casos. Acredito que temos essa responsabilidade e esse poder. E que, se assumirmos essa responsabilidade, podemos fazer escolhas melhores.
Para termos melhor saúde, há que começar pelo básico:
- Acrescentar exercício físico à nossa rotina;
- Comer melhor, ingerindo mais legumes, frutas e leguminosas e evitando o açúcar e os processados;
- Estar mais vezes em contacto com a natureza (parques, jardins, praia, serra, campo);
- Reduzir factores de stress e estar menos tempo com pessoas tóxicas e pessimistas;
- Agradecer, sorrir e rir mais.
- Dormir melhor.
Parece simples, apesar de dar algum trabalho, não é? Acredite. Vai fazer uma enorme diferença.
Coloque estes compromissos na sua agenda, como se fossem marcações com data-hora porque deveriam sê-lo:
- Tempo para ir à rua, para um local na natureza, todas as semanas, um bocadinho que seja;
- Tempo para práticas de bem-estar e relaxamento, sejam actividades calmas, meditação, yoga, estar sentado a contemplar o mar... principalmente tempo sem ecrãs;
- Duas a três vezes por semana, fazer exercício físico, especialmente treino de força. Podem ser 20/30 minutos de cada vez, já é o suficiente para a sua saúde.
Exercício: o comprimido mágico que todos procuram
Se o exercício fosse um comprimido, não tenho dúvidas que todos o tomariam diariamente. Os benefícios que advêm da prática regular de exercício físico, especialmente do treino de força, são impressionantes.
O exercício ajuda a controlar o peso e a evitar a obesidade e o sedentarismo (causas comuns de algumas doenças graves: cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de cancro); melhora a sensibilidade à insulina; melhora a saúde do coração; reduz ansiedade e até mesmo depressão; reduz risco de desenvolver Alzheimer; aumenta a produção de miocinas (citocinas anti-inflamatórias).
O ganho de força decorrente do exercício aumenta a autonomia, diminui a probabilidade de quedas e fraturas ósseas.
Concluindo, há uma relação directa entre a prática de exercício e a longevidade com qualidade de vida física e mental.
Vale a pena “tomar este comprimido”, não acha? Comece a usar escadas, em vez do elevador. Comece a fazer trajectos curtos a pé, em vez de ir de carro. Faça uns agachamentos, umas flexões ou lunges (afundos) durante o dia. Faça treinos de força em casa, com peso corporal e elásticos, se não puder ir ao ginásio.
Alimentação: não é assim tão complicado
Quanto à alimentação, há muitas modas e muitas dietas. Mas se começarmos pelo básico e evitarmos os doces e alimentos processados (embalados, pré-cozinhados) e investirmos em mais alimentos frescos da época, legumes e frutas, biológicos quando possível (se reparar no que vai poupar ao cortar bolos, doces, gomas, chocolates, refrigerantes, bebidas com álcool, snacks e bolachas, vai ver que, provavelmente, sobra um valor simpático que pode usar para comprar alimentos biológicos).
Adicionar também mais leguminosas, para aumentar o aporte de fibra, tão importante para a nossa microbiota intestinal.
Tentar variar ao longo da semana. Dizem, alguns estudos, que 20 a 30 legumes e frutas diferentes durante a semana, seria o ideal, para a manutenção de uma microbiota diversificada e saudável. Tente ter sempre um prato variado e colorido.
Sono: outro desafio da vida moderna
Duas horas antes de dormir, tente criar novas rotinas sem televisão e telemóvel: conversar em família, estar com a família, passear ou brincar com o cão, fazer festas ao gato, fazer puzzles, jogar jogos de cartas ou tabuleiro, ler livros ou ouvir música relaxante. Pode também beber uma infusão calmante. E, claro, deitar sempre à mesma hora e levantar sempre à mesma hora, para que o nosso ritmo circadiano se auto-regule.
Enraizar: a prática esotérica que a ciência começa a recomendar
O enraizamento - contacto directo com a terra, por via de andar descalço/a ou sentar-se no chão – começou por ser uma prática mais ligada ao esoterismo, por questões energéticas. No entanto, hoje em dia, os estudos começam a mostram que esta prática actua na modulação do sistema nervoso autónomo parassimpático e na redução dos níveis de stress (normaliza os níveis de cortisol, a hormona do stress). Detectou-se que os padrões, os sons e os aromas da natureza são altamente relaxantes para o ser humano.
Não descure o contacto com a natureza. Vai ver que vai sentir-se melhor!
Gratidão: a cereja no topo do bolo saudável
Respire fundo algumas vezes por dia. Agradeça a vida que tem. A prática da gratidão (relembrarmo-nos das coisas que temos para agradecer) tem a capacidade de começar a moldar o seu cérebro para focar-se mais nas coisas boas, alterando os seus circuitos habituais.
E, assim, pouco a pouco, rotina a rotina, vamos cuidando da nossa saúde física e mental. Vamos tornando-nos mais saudáveis, a cada escolha que fazemos, a cada decisão consciente que tomamos.
A fazer por cuidar da minha saúde com rotinas simples,


