Deixar ir
Deixar ir - O desapego que permite Viver
Uma das lições mais difíceis que nós devemos aprender na Vida é o desapego. Na Natureza, é o Outono que personifica este movimento.
Deixar ir. Sejam as pessoas que amamos, o trabalho que adoramos, sejam situações injustas, derrotas pessoais e traições ou sejam apenas sonhos e expectativas.
Deixar ir. Não ficarmos agarrados a razões, memórias, certezas, culpas, nem a nada que nos faça olhar para trás, para aí ficarmos aninhados no conforto ou desconforto do passado.
Deixar ir. Tudo o que não nos deixe olhar em frente. Há que virar costas e seguir. Por mais bonito, feliz, injusto ou triste que seja. Esse lugar, onde ficam as nossas certezas de amor, de justiça, de ingratidão... devem ficar para trás. Porque o presente e o futuro não são nessa direção. E quanto mais tempo ficarmos agarrados ao que já passou, mais tempo perdemos daquilo que há para vir. É difícil.
Deixar ir é muito difícil. Mas é necessário. É um movimento que honra a Vida. A Vida que segue, a Vida que flui, a Vida que se reinventa, a Vida que renasce. E a Vida nunca está atrás. Está sempre em frente. Podemos não olhar para ela. Na verdade, enquanto o desapego não vier, não vamos olhar para ela. Mas é lá que ela vai estar. No fim do desapego, à nossa espera. Vibrante, cheia de novidades, cheia de oportunidades, cheia de novas certezas, novas alegrias, novas aprendizagens e também novas angústias. Assim é a Vida.
Que sejamos todos capazes de olhar em frente,
